Gabriela
Um
risco de luz laranja banhava minha escrivaninha, eu já havia
preenchido o lixo com folhas de rascunhos malfeitos, nada parecia bom
o suficiente.
Eu
queria falar sobre meus sentimentos por ela, mas me sentia
vulnerável, me julguei tão piegas, ela gozaria da minha cara ao ler
minha carta para as amigas.
Então
julguei ter encontrado as palavras, preenchi as linhas, busquei
sinônimos e dediquei minha inspiração. Falei sobre o primeiro
encontro e como foi bom apreciar sua voz, prometi amá-la para
sempre, mas percebi que estava prometendo algo tão volúvel que
risquei estas linhas, seria mais apropriado prometer não machucá-la,
sorri realizado. Detalhei a forma como meu peito foi instigado a
acelerar, minhas mãos soaram e fiquei sem jeito ao notar que ela me
olhava fixamente.
Como
nós somos bobos... Que sensação anormal é essa que se apodera de
nós de um instante para o outro, como algo incontrolável.
Tentei
expressar o quanto desejava repetir aquele momento nos próximos
dias, meses ou anos, não seria apropriado prometer uma data certa, o
tempo é tão indomável quanto o mais puro sentimento.
...Caio Serrago
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAmigo Caio Serrago fico agradecido por partilha de Belíssima Crônica Intitula "Grabiela" que entre entre folhas amassadas, rabisco feitos, linhas riscadas, carta em escritos seus sobre um possível amor que ainda permanece mais em sua memória e que talvez possa arder mais latente na memória dela e se não for somente de sua inspiração e que possa ser realmente não espere tantos dias, meses ou anos para fazer tal entrega e procure entregar tal carta visto quando ela receber com certeza ficará mais feliz ainda que talvez deva ser...
ResponderExcluirObrigado por ter lembrado de me encaminhar um recado para mim valeu, ok - E lhe desejo um Bom Domingo...
agradeço o conselho Charles, acho que passei bastante sentimento nesta crônica, mas é apenas inspiração...
ExcluirBoa noite.